POWER TRIP SUMMIT 2020: RESUMO DO PRIMEIRO DIA

A quarta edição do Power Trip Summit, evento de lideranças femininas organizado pela revista Marie Claire, reve uma noite repleta de discussões e debates sobre a realidade das mulheres brasileiras dentro e fora do ambiente corporativo na terça-feira (13.10).

Por causa da pandemia, o evento tem um formato híbrido: encontro presencial, seguindo as regras de distanciamento social, em que as convidadas e representantes da publicação estão ao vivo, direto do Estúdio Marie Claire montado na Casa Bossa, diretamente do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. As demais convidadas marcam presença por meio de plataforma virtual. O evento acontece de 13 a 16 de outubro.

Em seu discurso de abertura, Laura Ancona, diretora de redação da Marie Claire Brasil, ressaltou a importância das mulheres da ciência e da educação em um ano tão emblemático e delicado, e dedicou homenagem às mulheres cujas vidas foram afetadas diretamente pela pandemia.

A primeira convidada da noite veio de longe: a comediante australiana Hannah Gadsby ganhou notoriedade em 2018 com o seu especial “Nanette”, que mistura comédia e o desabafo de uma mulher cansada da autodepreciação, e do especial recente, “Douglas”, ambos disponíveis na Netflix.

No Power Trip Summit, a comediante, que é homossexual, falou sobre os efeitos que o seu especial altamente sincero teve em diversas audiências ao redor do mundo, em especial nas mulheres. Hannah ainda comenta sobre misoginia, sexismo e polarização política em uma era em que as mulheres estão cada vez mais cansadas e indignadas.

O segundo ato do Summit teve a participação da ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, a primeira mulher a presidir o Supremo, entre 2016 e 2018, e a segunda a ocupar uma cadeira na alta corte brasileira – a primeira foi Ellen Grace.

Mediada por Maria Laura Neves, editora-chefe de Marie Claire, a ministra citou momentos em que a realidade da mulher se resumia a silenciamento e violências para reforçar que a luta pela libertação ainda é necessária para garantir liberdades e igualdades de oportunidades para as mulheres. A ministra ainda chamou a atenção para a violência doméstica, crime que teve aumento de 40% no número de notificações durante o período de isolamento social.